domingo, 26 de setembro de 2010

o tempo corrói os pensamentos e corre sem medida possível de caber nas palmas das mãos. no entanto, deixa o sufoco do que não existe e abala num estalar de dedos, a crença de desejos há muito selados na cobardia das palavras.

dorme comigo, hoje.


sábado, 18 de setembro de 2010

Ain't nothing gonna get you to heaven


Lady, you come across the water,
Well don't you think you oughta?
Be waiting a while,
Are you acting, on what your heart has told you,
Is nothing gonna' hold you, from flying away, a-ha
Flying away a-ha, flying away.

'Cause there's nowhere to go,
Though the road is out stretching before you,
and the farther you go,
I said,
-Ain't nothing gonna get you to heaven
I said,
-Ain't nothing gonna get you to heaven
and you know just who you are
and you know that there's something between us,
and you like what you feel, but
-I can tell that you're not gonna turn back-
-Well I can tell that you're not gonna turn back-
And don't you know I'm a little bit sad, oh-no

Oh-la-la-la-la Arrgh

Mister, you better get a move on
You better get a fix on,
Mmm-you better walk straight.
I said Lady, oh take me if you want me, oh,
take me as you find me,
Oh, I'm needing your love so bad

And there's nowhere to go,
though the road is out stretching before you,
and the farther you go,
I said,
-Ain't nothing gonna get you to heaven
I said,
-Ain't nothing gonna get you to heaven
and you know just who you are
and you know that there's something between us, and,
you like what you feel, but,
-I can tell that you're not gonna turn back-
But,
-I can tell that you're not gonna turn back
And don't you know I'm a little bit sad, sad, sad, sad.
(Takin' the long way, and no turning back)


Fotografia de Daniela Morgado
Letra Supertramp - Lady

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

olhares.

por vezes fico presa. presa nesse olhar que vem de não sei onde, nem porquê. apenas, que me fita intensamente, como que esperando um retorno ou mesmo nada mais. esse olhar que me trouxe promessas e me derrubou por completo. fico presa, tão presa quanto estaria se o tempo pudesse ser apenas, uma mentira.


domingo, 5 de setembro de 2010

coisas antigas IV


Aqui a chuva morre na janela
num compasso agitado do tempo
e lá fora não há mais que
o frio cortante que esconde os corpos.

Os meus dedos escorregam por
aquilo que podia ser o teu nome
nos vidros embaciados.
Se lá fora te encontrasse,
talvez saísse por estas ruas cinzentas
só para abraçar o calor da tua presença.

Assim, deixo-me aqui envolta
em tudo aquilo que me lembra de ti…
Não, não aches estranho,
tudo o que me aquece em dias vazios
é o conforto das memórias que jazem nesta cama.
A tua imagem continua aqui ao meu lado
como uma alucinação constante,
uma droga para me esquecer
que talvez nunca voltes.

Se não me quiseres, não me digas.
Prefiro continuar a acreditar nas cartas de amor
com que me pintaste o corpo.


Daniela Morgado