sábado, 17 de julho de 2010

sin.


esqueço-me do que é lógico. por momentos tenho-o comigo. pedaços pequenos de tempo que apenas existem num suspiro, que deixo escapar antes de me entregar ao sono. abraço-o. o vazio. o consciente transtorna; traz-me ao barulho irrequieto que entra pela brecha da janela, traz-me os dias, a rotina. mas leva-o, mantém-o longe... precaução.
escrevo-o na minha cabeça com todas as linhas e pormenores... entrego-me também. deixo o desejo aconchegar-se...

consigo ouvir-te dizê-lo.


[fotografia de Daniela Morgado]

segunda-feira, 12 de julho de 2010

palavras soltas.

estremeço com o olhar. voltou... distante e tímido, mas estava lá.

domingo, 4 de julho de 2010

s/ título.

sinto agora as tuas palavras... cada letra como uma nota de música, bem calma, prolongada e ligeiramente aguda, notas que envolvem, arrepiam e hipnotizam; aquelas que fazem rasgar um pequeno sorriso ao canto da boca. as tuas palavras sinto-as doces, como manhãs de primavera embebidas no cheiro das flores. queria deixá-las ir... talvez as levasse o vento para outros destinos. mas não seriam tão doces as minhas manhãs... nem os meus sonhos.

digo baixinho, só para mim.