segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

custa fechar os olhos e ter aquela imagem apenas na minha cabeça.
tão intocável. tão distante. tão impossível.

no entanto, durmo com ela.

sábado, 15 de janeiro de 2011

presença.

fotografia de Daniela Morgado

sábado, 8 de janeiro de 2011

leva-me à exaustão pensar na distância de um pensamento a um gesto. na cobardia que há em esconder no correcto tudo aquilo que nos pulsa no corpo. e que distância tão pequena...

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

sabes a chuva.

A noite sabe a chuva. Como palavras de despedida que se colam ao tempo.
Um sabor estranho que se entranha no tédio dos dias e nos deixa na penumbra de nada sentir.
Na rua os cheiros misturam-se como corpos famintos entrelaçados; mas não os sinto. A imagem que tenho perante mim parece silenciosa e vazia. Estática na verdade.
Poderia dizer, agora, qualquer coisa que iria apenas ecoar nas memórias da minha existência. Um gesto egoísta que me transforma numa alma estranha...desconhecida, perdão.
Poderia chamar-te agora... mas a noite continuaria a saber a chuva... fria e distante como lágrimas que ficam nas palavras por dizer.
Tu sabes-me a chuva.