sexta-feira, 2 de abril de 2010

As saudades chegam como ondas que se desmancham nas brumas da primavera. Sente-se já o calor dos encontros lambozados de fruta e de descoberta e fazem-se as malas para arrumar as palavras frias do inverno. Encostam-se as árvores às costas de quem se estende para ver mais um pôr do sol e são breves os instantes em que se sente a vontade de chegar a casa. Passam rápido, destroem relógios de horas rotineiras e deixam-nos sentados cheios de sonhos e nadas, palavras ou silêncios, sorvendo apenas a chegada da primavera.

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