escrevo na sombra do pensamento. hoje não há nada que queira realmente dizer. talvez, que este vazio que me consome e me mata, deixa o meu corpo vulnerável ao precipício do inconsciente.
magoa este vazio nas palavras, este silêncio de sensações. o tempo rasga-me o corpo e lembra-me todos os dias essa fome de uma extensão do próprio tempo, uma procura nesse pequeno universo do que é sentir. sentir é possuir, mesmo que, mais tarde, isso seja apenas uma recordação...
o olhar para a janela é uma espécie de náusea, um desconforto real de ver que lá fora continua o silêncio banal que finjo ouvir. não quero as vozes, não quero os barulhos. hoje quero deixar-me cair nesse buraco negro de não existir.
não existisse o tempo…
[Fotografia de Daniela Morgado]
Nunca sei o que comentar...
ResponderEliminarGosto muito do que escreves, da forma como transmites o que sentes.
:)