segunda-feira, 8 de junho de 2009

(desas)sossego.


                                                                              
escrevo na sombra do pensamento. hoje não há nada que queira realmente dizer. talvez, que este vazio que me consome e me mata, deixa o meu corpo vulnerável ao precipício do inconsciente.
magoa este vazio nas palavras, este silêncio de sensações. o tempo rasga-me o corpo e lembra-me todos os dias essa fome de uma extensão do próprio tempo, uma procura nesse pequeno universo do que é sentir. sentir é possuir, mesmo que, mais tarde, isso seja apenas uma recordação...

o olhar para a janela é uma espécie de náusea, um desconforto real de ver que lá fora continua o silêncio banal que finjo ouvir. não quero as vozes, não quero os barulhos. hoje quero deixar-me cair nesse buraco negro de não existir. 
não existisse o tempo…

[Fotografia de Daniela Morgado]

1 comentário:

  1. Nunca sei o que comentar...
    Gosto muito do que escreves, da forma como transmites o que sentes.

    :)

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